*

és o melhor amigo do mundo! :)

Até já!

Carnevale a Venezia

Foi um dia mágico.

De sonho de princesas.

De Venezia com um good feeling impensável.

De um grupo de pessoas de nacionalidades diferentes com o espírito perfeito.

Amei:)

Dançar. Falar. Rir. Sorrir. Esperar. Beber. Cantar. Dançar de novo. Sorrir de novo. Conversar. Olhar. Deslumbrar. Receber. Dormitar. Descobrir. Encantar. Tango. Palhaços. Cavalo. Máscaras. Amigos. Amigos. Amigos. Portugueses. Americanos. Espanhol. Italianos. Perfeito!

Em terras holandesas

Abandonei Bologna por uma semana. A instabilidade necessitava de ser trocada por uma segurança das meninas do café. Voei até Nijmegen, mas trouxe um bocadinho da minha Itália comigo, com a Kalen ao lado durante um fim-de-semana.

Mas a minha estadia prolongou-se por uns belos 7 dias! :)

Conhecemos os amigos da T e gostámos, passeámos por Nijmegen e gostámos, tirámos fotografias idiotas e gostámos.

As festas em casa de pessoas não me diziam nada. Pensei "mas eu adoro em Bologna, adoro conhecer mais pessoas, aqui também é só Erasmus, o que se passa?". O que se passa é que as pessoas é que fazem os lugares e não ter os amigos de Erasmus aqui tornou o início estranho. Para além disso, não falar italiano e só ouvir inglês foge do meu padrão de convívio. Mas passado um pouco já estava enturmada, a saltar nos sofás com a Margarida, a comentar a música, a encontrar Bologna e a falar italiano.

Metemo-nos num comboio e fomos mostrar Amesterdão à Margarida e à Kalen. Passeámos muito, revi muito do meu interrail. Morri de fome e de gula, de mau-humor matinal, de preguiça e de frio, de constipação e de congelamento cerebral. Fomos ao museu do Van Gogh, passámos no circo, comemos umas mini-panquecas holandesas e bebemos chocomel. Comemos Wok, rimo-nos muito, chegámos mortas a casa e dormimos quase durante 2 dias.

A Kalen entretanto voltou para casa e nós decidimos fazer um mini-interrail por estes países vizinhos. O plano inicial era ir Nijmegen-Lille (FR)-Gent(BE)-Liège(BE)-Nijmegen. Acabámos por saltar umas partes, dormir onde não era suposto e não encontrar quem era.

Em Lille tínhamos o amigo Benoit da Margarida e da Teresa. Invadimos a estação com a nossa determinação em encontrá-lo (Benoooooit, Benooooit). Descobrimos que ele fazia anos e levou-nos a passear. Jantámos numa creperie, mesclámo-nos com o requinte francês e acabámos a dormir em casa dele, na companhia de um gato maluco que nos saltava em cima a cada segundo.

Com o nosso mega Go-Go-Gadjet-Pass-Go, pagámos 50€ por 10 viagens na Bélgica, o que dividido por 3 permitiu um mini-interrail muito agradável. Fomos descobrir Gent, que nos recebeu com chuva e waffles, mas com muitas conversas de meninas, muitas catedrais e relógios! (Margariiida, está ali um relóóógio!!). Bebemos chocolate quente, voltámos a atacar o WOK-WOK-WOK, comemos hamburgueres em lugares com cheiros a fritos, fugimos da chuva, do frio, encontrámos um auto-denominado Pai Natal. Mudámos de planos e não fomos para Liège à festa suposta. Voltámos para Nijmegen e rimo-nos tanto no regresso.

Entretanto a Margarida já foi embora e a T está ali ao dormir. Hoje celebramos os super 21 anos dela e amanhã cedinho vou embora de volta à minha Bologna que me receberá com sol e segurança, espera-se. Mas gostei tanto tanto, estou a gostar tanto tanto :)

(BENOOOOOIT. BENOOOOOOIT. WOK-WOK-WOK. T T T. BENOOOOIT. BENOOOOIT. WOK-WOK-WOOOOOK.)

E as ideias da Margarida:)

Saltimbancos

Somos nómadas da vida.

__

Somos nómadas, porque saltitamos, somos sem-terra, vivemos longe de nós e dos outros e adaptamo-nos. Gostamos de mudar, de ir a outros sítios, sabemos viver com o novo que conhecemos, conseguimos suplantar a nossa real realidade e criamo-la enquanto uma nova, noutro espaço, com outros elementos. É estranho. Até que ponto as nossas raízes nos impedem de ir ao mais longínquo? Somos recolectores de situações, de momentos e de pessoas. Somos seres animais que se movem em busca da sobrevivência, o que se traduz em atitudes de saltimbancos.

Comunicado

Não tenho escrito, mas não devido às más-línguas. Felizmente sou mais que este blog e sei disso, sei que as minhas aprendizagens vão para além das descrições que aqui exponho, sei que o que escrevo para mim é o que me importa, que são essas as reflexões que me fazem crescer e aprender.

Enfim.

Não tenho escrito, porque o meu computador decidiu entrar em coma e estado vegetal. Estou triste.

E estou na Holanda, com a a Teresa, com a Margarida e a Kalen. Vamos a Amesterdão amanhã e estou a planear uma mega-viagem durante o resto da semana. Vai ser fixe:)

Depois quando voltar e quando ressuscitar o meu computador, volto à actividade!

Bacio*

Yeah!

Finalmente as pessoas descobriram que a minha casa também é fixe para passar um belo fim de tarde que acaba numa noite tardia.

Finalmente as pessoas decidiram vir para cá ver um filme, comer sopa e jogar ao jogo dos nomes na testa.

Finalmente, por duas noites seguidas, não tive de ser eu a voltar para casa.

E que bom que me soube receber tanta gente cá em casa :)

Eu disse que o tempo era uma bomba-relógio.

Que começa a explodir quando menos se espera.

.

Passeio e comovo-me na minha cidade, com uma música nos ouvidos, pé ante pé, em direcção aos meus de cá. Comovo-me, o amorzinho é enorme, tornaram-se minha família, conhecem-me de trás para a frente, estão na Pizza Casa à minha espera. O coração enche-se, só quero dar abraços a todos, mas cinjo-me a um enorme sorriso quando os vejo.

Chegada a noite, são as lágrimas que nos atropelam, acompanhadas das notícias-bomba da Ana que esmagam e são guardadas em segredo durante umas horas. Os abraços, as canções, as despedidas, os olhos inchados, as fotos e mais fotos.

Bologna não faz sentido sem vocês, sem as vizinhas, sem o Nuno, sem a Ana... Os nossos Erasmus deviam acabar todos juntos, ao mesmo tempo.

Avizinha-se um mês de montanhas-russas emocionais. Somos todos capazes, porque somos mais que isto tudo.

Não existem despedidas, porque o lugar no coração não sucumbe. Não existem partidas, quando a ligação é tão forte.

We will all be fine!

Pseudo-despedida das vizinhas

Há sentimentos que não se medem. Vidas partilhadas que não terão fim. Dia-a-dia, 24 horas. Somos vizinhos, somos família. Somos uns dos outros e ninguém nos roubará. O que temos é nosso, o que vivemos fica connosco. Não há despedidas. Há só um carinho enorme, um amorzinho gigante por nós, por vocês, por nós que somos tanto e tudo.

E as meninas seremos sempre nós. Sempre nós as 5. Vocês vão, mas ficam. 5 somos nós e só nós e vocês.

Até já:)

A dinâmica das noites

Há noites compridas e há noites curtas. Há noites num só lugar e noites em que se saltita. Há noites com pouca gente e noites com multidões. Há noites de portugueses e noites com estrangeirada.

Mensagens com pessoas diferentes. Combinações. Birra grátis com os mesmos e com outros. Pega na bici, atenção aos pneus. Eles vão às pizzas, nós encontrámo-nos no Soda Pops. Lugar proibido durante todo o meu 1º semestre, que só mereceu 1 visita de 3 minutos. Mas desta vez não. Cheio de gente nova. Gente conhecida que não se via há algum tempo. E de sangria grátis. Onde está o chileno? E o escocês? E o alemão? Vêm cá ter. Mas nós já temos americanos, alemães, finlandeses, brasileiros nos nossos imediatos.

Está muito cheio. Vamos saltitar de novo. Vamos à Scuderia ver dançar tango, pôr conversas em dia, encontrar novatos. Mas passado um bocado, os sofás já nos dizem pouco e queremos sair. Hora de crepe com nutella. Mais umas voltas de bici, vamos ao Irish comprar um croissant para a Carlota. E seguimos para o English. Ficamos até nos mandarem embora. Hora de ir para casa. Comprar um salgado para os desejos da Vera e ir dormir.

Nota-se o início de um novo semestre. Mais pessoas na rua, mais gente nova, espírito de descoberta presente em cada esquina. A nossa dinâmica interna une-se mais, assustam-nos as partidas, não sabemos viver uns sem os outros. Então não nos largamos, vamos só a mais um posto, e mais outro e mais outro. Queres ir para casa, mas aguentas. Tens mais companhia para desfrutar.

É mesmo. Não sabemos viver uns sem os outros.

P.S.: Está um sol e um calor do caraças;)

Adoro sotaques.

Mas estou farta da chuva.

push and pull.

o tempo é uma bomba-relógio.

tic tac. tic tac. tic tac.

tic tac.

temos tendência para o abismo.

--

Insónia. São 6h da manhã e a minha cama anda a pregar-me partidas há mais de uma semana. Banda sonora do momento: The National - Lucky You. Está quase a ficar de dia (já são 6.30). Durmo ou levanto-me com o sol?