terça-feira, 28 de abril de 2009

calmaria interna

Sabe bem voltar a casa depois de uma ida ao cinema animada, risos, comentários, toques, rir-me de mim própria cá dentro, ter vergonha e ninguém saber, ver-me rodeada só de americanos e gostar, ver um filme semi-lamechas e achar graça. Sabe bem voltar para casa e ainda sentir os restos de incenso no ar, um ar mais leve, a cabeça a magicar. Sabe bem tudo isto, depois de um dia cheio de trovoada, de preguiça, de um insufficiente no único exame que me correu mesmo bem. É tudo relativo, desde que o coração esteja calmo, desde que a alma esteja tranquila. :)
--
às vezes chego a pensar que o Erasmus já me deu tudo o que tinha para dar, que pronto, até podia chegar, que não fazia mal, que já tive tanto e tanta sorte. mas depois surge a cada dia, ou assim de vez em quando, alguma pessoa que me fascina e que dá muito mais sentido a todos estes encontros incontroláveis que sucedem. que faz com que só faça sentido ficar cá mais uns tempos, conhecer melhor, desvendar estas pessoas. porque há quem valha mesmo a pena. e andam por aí, a cruzar-se connosco nas passadeiras.

sábado, 25 de abril de 2009

Bella Festa a Casa Nostra

Ao fim de 6 meses, conseguimos arranjar um dia para fazer a nossa festa. Um dia em que estivessemos os 5 em casa, em que ninguém tivesse de estudar, em que estivessemos todos com disposição.

Convites através do Facebook, passa-palavra, mensagens. Mais uma vez se repetiu um desastre de pessoas a entrar e a sair, a campaínha que não parava, amigos de amigos e outros que ninguém conhecia. Até um cão veio!

A cozinha estava impenetrável, a minha cama carregada de casacos, a música no quarto dos rapazes e as pessoas que via de hora em hora, porque era quando calhava encontrarmo-nos no meio da multidão.

Houve azares. Uns vómitos em lugares errados e duas carteiras desaparecidas. :\ Mas em geral o saldo foi positivo!

Às 5h da manhã conseguimos pôr toda a gente fora. Deu-nos um vaipe e até às 6h da manhã limpámos e desinfectámos a casa toda.

Adormeci com o sol e com as mãos a cheirar a lixívia.

Troca de botas. Trocas de bilhetes em línguas estrangeiras. Trocas de palavras e sorrisos gerais. Tentativas de mandar determinadas pessoas embora. Abraços para os que me tocam cá dentro. Avete la tessera Arci?











quinta-feira, 23 de abril de 2009

the livin' is easy

Jogo do "Ah!" (ha ha ha!)

Havin' fun with the girls :)

Respirar fundo



Mankind is no island.

terça-feira, 21 de abril de 2009

Fim de semana Sardiano

Sábado passado meti-me num comboio com a Kalen, Avery (irmã), Pier, Kat e Konrad e rumámos a Borgo di San Lorenzo, uma terrinha pequenina no meio das montanhas da bella Toscana. Chegámos ao fim da tarde, passeámos, fizemos aperitivo no aparente único bar da vila e avizinhava-se a hora do motivo que nos levou a esta pequena viagem: um concerto do nosso artista caseiro Andrea Sardi!



Não nos lembrávamos do nome da igreja onde tinhamos de ir. Mas lembravámo-nos que tínhamos visto um poster perto da estação de comboio. Ou seja: atravessámos a vila toda para ver onde se desenrolava o concerto e voltamos a atraversá-la toda de novo para chegarmos ao local certo.

A media de idades era de 60 anos. A igreja era simples, franciscana. Sentámo-nos em dois banquinhos corridos e esperámos o típico atraso italiano. Passado 20 minutos do tempo suposto, entram em palco cerca de 30 pessoas: eram o coro. Muitas palmas. O silêncio. E depois entra o Andrea!

Todo bem vestidinho, parecia uma pessoa séria. Mal aquelas pessoas imaginam como ele é em casa! Mas esta noite era ele a estrela! Era ele que ia pôr aquele coro, a orquestra e os solistas em sincronia, numa harmonia maravilhosa!

Apresento-vos o maestro Andrea Sardi (ou as suas costas, quando ainda só tinha em mãos o coro):


Enfim. Durante cerca de uma hora e meia, o Andrea criou uma atmosfera com uma força impressionante e mostrou a uma igreja cheia de gente que o seu árduo trabalho das últimas semanas não foi em vão! Foi um orgulho:)

Depois do concerto, metemo-nos em carros alheios e fomos para a casa de uns amigos do Andrea até tarde. Conversa, bolo com nutella, conhecer pessoas, o sono a chegar e às 5h da manhã lá nos decidimos ir embora.

O Andrea levou-nos para o meio do nada. Durante mais de 15 minutos atravessávamos bosques, viamos paisagens maravilhosas, prados, casarios. Finalmente chegámos!

Um casarão! Perdi-me lá dentro várias vezes. O número de quartos era incontável, de salas, de salinhas, meu Deus! Tem um sino, uma capela interna, caricaturas do Papa, um piano de cauda, frescos nas paredes, obras de arte a cada esquina.










Explico: esta casa pertence à Igreja, enquanto instituição. No entanto, foi cedida a uma Fundação que pertence a um grande músico italiano. Esse músico italiano, por sua vez, era muito amigo do Papa. Assim sendo, esta casa passou a ser a sua casa de Verão, onde ele vem passar cerca de 2 meses por ano, porque é fresquinho. Os caseiros que sempre cuidaram da casa, ficaram muito velhotes e decidiram que tinham de ir embora. Entao a Fundação, onde está também o avô do Andrea, tinha de procurar alguém para cuidar da casa e servir o músico durante esses dois meses. Claro que o Andrea se ofereceu! Entao agora tem um casarão enorme em suas mãos! :)

Na manhã seguinte, o Andrea trouxe-nos o pequeno-almoço e levou-nos à estação. Já em Bologna, o Pier proporcionou-nos uma Pasta a Carbonara maravilhosa e acabei a noite a ver um belo concerto do Piero no MAMbo.


sexta-feira, 17 de abril de 2009

Bologna às vezes é preguiça na cabeça, é nostalgia, passear sozinha com música nos ouvidos. São pingos de chuva quente, grossos e o sol a espreitar ali ao fundo. É o shuffle que por vezes é arriscado e joga com as emoções. São vontades fugidías e uma casa para onde sabe bem voltar.

quinta-feira, 16 de abril de 2009

!

Vou ali à Suíça, já volto. :)

P.S.: Não fui, afinal. Acordei cedíssimo pela primeira vez nestas últimas semanas, mas a Kalen está muito doente, com vómitos e tal e não consegue sair da cama. Fica para a próxima.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Tenho um concerto de ópera em casa.

Pensei que estava a acordar com a música alta do Andrea, mas não. É mesmo um tenor e um soprano que estão aqui a cantar, enquanto o Andrea toca piano.

Maravilha:)

P.S.: Adoro chocolate preto.

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Fine settimana con i ragazzi

(James point of view AQUI)

O fim-de-semana de Páscoa não podia ser um qualquer. E transformou-se em algo inesperado.

Meti-me num comboio com o James e o Nicolo' em direcção a Varese - uma terra pequenina perto de Milão -, onde mora esse Nicolo' e outro Nicolo' que eu já conhecia de Bologna. Visitámos a casa, a família e metem-nos num adorável Fiat 500 em direcção a um aperitivo sem fim. Comemos, passeámos com os copos na mão durante toda a noite e toda a cidade, fizemos de mini-turistas, descobrimos os segredos dos parques e das tulipas, conversámos muito, partilhámos pizza, comemos um mega-crepe e fomos dar os parabéns a alguém num outro bar chamado Pin-up.

A meia-noite já estava ultrapassada e o dia seguinte adivinhava-se grande, portanto fomos dormir.

Outra casa maravilhosa, um quarto só para mim, um cheiro óbvio a casa dos Estados Unidos nos primeiros milésimos de segundo em que pus os pés dentro de casa.

Às 9h da manhã estavamos acordados. Preparar comida, tudo com calma, ao meio-dia éramos 5 dentro do carro, tendo em vista uma viagem longa até Montaretto, perto das Cinque Terre, para irmos a um festival de Critical Wine.



Por opção, escolhemos a strada lunga por ser mais bonita, no entanto era longa demais e só chegámos 5 horas depois! As pernas já doiam, as curvas a cada 50 metros maltratavam o estômago, mas a verdade é que a vista era impressionante. Fizemos uma mini-pausa para almoçar a ouvir e dançar Sublime, e para os rapazes se orientarem com o mapa, o que não ajudou grande coisa.



os ragazzi e o mapa

Finalmente chegámos! Aprendemos como funcionava, comprámos o copo de vinho que nos permitia experimentar os vinhos todos e partimos à descoberta. Banquinha em banquinha, explicávam-nos que vinho e que uva era, eu sentia as diferenças e provava mais. Chegou a altura de ir ver como se chegava até à praia, mas era longe demais. Passámos pela casa cor-de-rosa, que tinha à nossa espera um pão enorme, leite, sumos Santal, hmm *-) Cruzámo-nos com os donos da casa e fugimos.

Lá nos voltámos a juntar todos, devorámos o pão e esperámos mais de uma hora para podermos ir jantar. Aí deu para rir, para partilhar vidas e estupidezes, para cantar, fazer filmagens e finalmente entrar. Comer um dose minúscula e voltar a sair.



Os meninos beberam café e fomos saltitar para o suposto concerto de Reggae que de reggae tinha pouco, mas deu para divertir, entrar no moche com o cantor que decidiu andar aos saltos com uma garrafa de vinho aberta e arruinar-me a roupa toda e descansar depois, quando decidiu gritar durante meia hora.

O cansaço já se instalava, o carro esperava por mim. Dormi no banco de trás, os italianos montaram a tenda num quintal de uma senhora com a relva acabadinha de cortar, e o James dormiu ao relento por opção. De manhã, a senhora casada com um pintor e escultor trouxe-nos chá e nós partimos para a terra mais próxima, para dar uma olhadela à praia.

Esperava-nos uma praia de seixos, mas seixos de todas as cores! Fazia cócegas nos pés, passear à beira-mar era um desafio, mas o verde-roxo-laranja-castanho eram interessantes. Apanhámos sol durante meia hora, saudades de praia. Voltámos a calçar os ténis e fomos desvendar Bonossola (Le 5 terre sono 5, Bonossola è una sola) e aproveitar o bom tempo que parece que chegou mesmo.



Voltámos a meter-nos no carro. Deram-nos boleia até Parma. Comprámos o bilhete. Vimos Parma em 50 minutos e rumámos a casa.

Banho tomado, lanche improvisado e era hora de ir ao churrasco dos brasileiros, mesmo do outro lado da rua. Estavam todos muito animados, já. E a verdade é que eles sabem fazer a festa. Sempre com música brasileira ao vivo, passei o fim da noite a aprender a dançar forró e a gostar :)

Foi uma boa Páscoa ! :)

Família erásmica

Apesar dos muitos amigos, de todo o carinho que tenho pelas minhas pessoas daqui, por muito que passe bastante tempo fora de casa, a minha família erásmica são os da minha casa. Não é que não faça esforços pelos outros, não é que não os ponha em primeiro lugar muitas vezes, mas é para casa que acabo sempre por voltar.

O Pier foi passar uns dias a casa. Mas na noite antes de ir embora, queria muito fazer um jantar para nós. Eu não podia ir, porque tinha um aperitivo combinado. Mas o Pier andava triste, em baixo, sem grande energia nem boa-disposição, então decidi ficar em casa a fazer-lhe companhia. Ele gostou. Ainda insisti para que ele viesse sair connosco, disse-me que não, mas respondeu-me com a mensagem mais amorosa de sempre.

A Kalen perdeu a irmã por 1 hora e foi a mim que telefonou a chorar num pranto enorme e tentámos pensar racionamente as duas. Claro que a irmã apareceu em casa passado pouco tempo, depois chegou a Kalen ainda muito nervosa e a chorar durante mais uma hora, mesmo depois da irmã ir dormir. O Andrea chegou e fizemos uma dupla de estupidez para animarmos a Kalen, enquanto a água para o chá aquecia. Passado pouco tempo ela já se ria e ficou horas a tocar músicas animadas na guitarra.

Estamos mesmo uns para os outros. :)

quarta-feira, 8 de abril de 2009

Sol

O ar está diferente. A Primavera chegou mesmo. Já se passeia de t-shirt, já se vêem pessoas de fato-de-banho e tronco nu no Giardini. Apetece correr, fazer malabarismo, lançar bolas, ouvir guitarras ou simplesmente deitar e aproveitar, estar comigo mesma no meio de toda a gente. As Piazzas começam a ficar cheias de gente à noite. Devagarinho, chega o melhor de Bologna...

Hoje senti o cheiro adocicado da minha casa dos Estados Unidos, por estranho que pareça quando estava a abrir uma lata de milho. Hoje senti uma brisa com cheiro a mar, quando estava no jardim a falar de pólen e de alergias. E à noite senti um calorzinho do Farol. Reminiscências...

A minha casa está a ficar despida. A Giada foi para casa, o Pier não anda muito feliz e decidiu que está farto de Bologna, então também vai passar uma semana a casa. A Kalen voltou finalmente da Sícilia com a irmã e o Andrea mantém as suas lides de pianista-maestro e está a preparar um concerto cheio de músicos.

Furaram-me o pneu da bicicleta há uma semana, amanhã vou arranjá-la. E vou começar a estudar, porque tenho uma viagem planeada de carro para a Suiça com uns americanos. Na verdade, os americanos tomam conta de Bologna, estão em todo o lado, é incrível.

O sol faz-nos bem :)

P.S.: É giro ver a progressão das relações com as pessoas e quem passa a fazer parte do meu dia-a-dia, a quem telefono, com quem vou ter sem problemas a toda a hora. Marta, James, Konrad, Andrea, Emma. E outros que surgem a cada esquina temporal.




segunda-feira, 6 de abril de 2009

trampolins e origamis

(Nem dei pelo terramoto!)

As minhas costas são geneticamente velhas.

Ontem fomos aproveitar o óptimo sol para o Giardini: levei as bolas de malabarismo, folhas brancas, uma faca para cortar a manga que o James touxe e petiscar os bolinhos. Éramos uns quantos, jogámos o jogo das palavras-desenhos, mas não foi tão giro como da outra vez, apesar dos meus desenhos desta vez não serem os piores.

O sol estava forte, o ar quente como quase-Verão. Conversei na rocha e decidimos ir espreitar os insufláveis. Pelo caminho, vi os brasileiros, o Andrea Facella chamou-me, apresentaram-me um angolano que me dedicou a Quero Cheirar Teu Bacalhau, que com o seu sotaque ganha uma magia diferente.

Corri para os trampolins. 3€ permitia-nos 10 minutos de livre diversão aos pulinhos em trampolins maioritariamente populados por criancinhas de 5 anos. Eu, a Izabella, a Laura e o James não nos fizemos de rogados e saltitámos, cansados, mortos. 10 minutos parece uma eternidade. Mas uma bela eternidade.

Surgiu do nada, a caminho de casa, o convite para jantar no restaurante chinês. Lá fomos, comemos uma piadina de Nutella a seguir e fomos ter uma serata di origami como eu queria. Conseguimos fazer um mega cisne. Passámos para o elefante, mas eles desistiram muito rápido, ainda tentei continuar, mas as voltas e reviravoltas eram rápidas e complexas demais. Mais devagar desgraçado!

O problema é que as minhas costas são velhas e hoje mal me consigo mexer. E tenho de pagar 128€ de contas, para além da renda normal!

check list:
- lavar a loiça
- pôr roupa a lavar
- comprar prenda de anos para a Giada
- comprar comida para o jantar que vem cá gente (beringelas no forno?)
- limpar a casa de banho
- levantar dinheiro para as contas
- arrumar a roupa e dar um jeitinho na cozinha

Adoro ser dona de casa:)

sábado, 4 de abril de 2009

rewiiiind

Os meses vão e vêm, as músicas tornam-se
caixas, as pessoas são só imagens, a vida
não pára. Os meses passam e vão, as músicas
tornam-se rostos, as
pessoas mudam e
mudam-me, a vida não é a
mesma, e eu sou sem ser.
Months come and go, songs become boxes, people

are just pictures, life don't stop. Months pass and go, songs turn
into faces, people change and
change
me, life is just not the same, and
I am without being.

A capacidade social voltou. E foi uma boa semana!

Tentativa do projecto das M's que ficou reduzido a conversa durante horas acompanhada de spritz e patatine, ida a casa aos esses com o ombrello numa mão e a bici noutra, ter uma estátua na janela que parecia um senhor arrabiato que me ofereceu um solitário ataque de riso. Foi Birra Gratis com os amigos italianos de agora, com os americanos, e os brasileiros na mesa lá ao fundo. Era noite das luzes, de perguntar a toda a gente porque é que estavam a filmar ou que instrumento tinham na mala, era noite de escorregar na Piazza Maggiore enquanto rodopiava com o Konrad e o John, foi noite de companhia em busca da bici deixada ao abandono momentâneo e conversa até tarde sobre o ciclo de vida das sociedades, o apoio da UE ao continente africano, troca de chapéus e promessas de origamis. Até ao dia em que aprenderes a fazer uma rã.



No dia seguinte a Diana chegou e a minha professora decidiu tirar mais umas férias exóticas de 15 dias. Aperitivo com o Andrea no Indue, esperar o atraso típico, spritz e mikado até à meia-noite, o bolo roubado da mesa ao lado, um passeio à chuva e meias palavras em conversas italianas pendentes.




Seguiu-se o dia com a já demasiado adiada ida a Ferrara com a Diana e a Marta. Ver o castelo, o duomo e o cafézinho a 1 euro com direito a biscoitos, velhotes simpáticos e muita conversa posta em dia. Esperava-nos um belo cous-cous vegetariano e tartes em casa do Andrea, com vinho de todas as cores, um telefonema para matar um bocadinho das saudades da Mia e uma paragem no bar dos spritz. Espreitar finalmente a Scuderia à 5ª feira e uma visita demasiado prolongada no Café Paris. Uma nova Moleskine a 2€ e um senhor que não era feliz. A injustiça do mundo. Um encontro inesperado com o Jojo, a sua paciência, a fila do Millenium, o cantinho, o açúcar e a dedicação e abrigo da Marta.






Sexta-feira é dia de Montagnola que já tinha saudades. Casaquinho a 2€ e um vestido oferecido perché anch'io voglio un regalo e o senhor queria ver toda a gente feliz. Passeio, mostrar os segredos que faltavam dos 7. Mini-pizzas, gelato di cremino Guglielmo na Castiglione. Bartleby fechado. Café no Le Stanze para a Diana acordar. Conversa a 3 nas pizzas. Despedida da M e aventurar-me com a Diana, com os espanhóis e os novos italianos do dia-a-dia em busca do Il Buco. Música alternativamente divertida, bom ambiente. Conversa explícita e directa. Tudo bem. Cornetti con Nutella e poucas horas de sono.

Comboio às 12.45, trocar vezes demais, ver Pisa, gostar mais de Pisa do que as expectativas previam. Tirar fotografias na torre e ter de fugir do polícia que não deixava pisar a relva e tinha um apito, correr para a estação. Chegar a Lucca, apaixonar-me, aparvalharmos. Comer qualquer coisa, dormir no comboio e despedir da Diana. Não ter energia para a Festa Electronica e aproveitar a minha casa.






Vejo como o mundo é tão injusto para
alguns. Não entendo porque é que não pode
ser toda a gente feliz. O que é que são uns
mais do que os outros? Porque é que eu
mereço mais? Sinto que não tenho o direito
de não estar feliz: não é justo não aproveitar.